Acidentes de trânsito são foco de estudo de acadêmicos da FM

Alunos da disciplina Introdução ao Método Clínico do primeiro ano do Curso de Medicina da UFG desenvolveram pesquisa sobre acidentes de trânsito em Goiânia, trabalho que se desdobrou em seminários  realizados por dois grupos formados pelos acadêmicos. A disciplina Introdução ao Método Clínico, ministrada pela professora Maria do Rosário Ferraz Roberti, do Departamento de Clínica Médica,  faz parte do novo currículo do curso da FM.

Alunos da disciplina Introdução ao Método Clínico do primeiro ano do Curso de Medicina da UFG desenvolveram pesquisa sobre acidentes de trânsito em Goiânia, trabalho que se desdobrou em seminários  realizados por dois grupos formados pelos acadêmicos. A disciplina Introdução ao Método Clínico, ministrada pela professora Maria do Rosário Ferraz Roberti, do Departamento de Clínica Médica,  faz parte do novo currículo do curso da FM e veio com a implantação do novo projeto político pedagógico da FM, em substituição à disciplina  Práticas Integradoras, até então adotada na grade curricular.

Cada grupo esteve formado por nove acadêmicos, que desenvolveram  sua pesquisa por um período de 30 dias, iniciando-se em maio último, com a conclusão dos estudos e apresentação de suas conclusões e  as respectivas devolutivas em junho. O primeiro escolheu como foco principal  as campanhas de educação do trânsito e sua importância para conscientização do público, especialmente sobre as consequências sempre desastrosas da combinação álcool e volante.

Esse grupo  adotou três linhas de pesquisa: prevenção, trauma  e reabilitação, a primeira com levantamento junto ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e à Agência Municipal de Trânsito (AMT), onde se observou a realização de campanhas educativas  e sua relevância junto ao público alvo. Quanto ao trauma, os levantamentos tiveram como cenário principal o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e sobre reabilitação, junto ao Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer).

Com esse trabalho, o grupo concluiu que as campanhas educativas de trânsito, embora ainda um recurso recente, já começam a surtir efeitos positivos, mesmo levando-se em consideração o crescimento vertiginoso de veículos em Goiânia. Os estudos apontaram ainda que  Goiânia detém  o maior  índice de motos por número de  habitantes no Brasil,  com 11 motos para cada grupo de 100 habitantes e que esses veículos são  os mais envolvidos  tanto no número de acidentes como nos casos de trauma com lesões graves.

Já o Grupo 2, que buscou como foco especial os traumas e sua recuperação, levantou subsídios para sua pesquisa junto ao Crer, onde colheu informações sobre o tratamento de pacientes  com deficiência no aparelho locomotor, principalmente as vítimas de acidentes de trânsito. Também fez parte do trabalho dessa equipe a confecção e distribuição junto ao público universitário de um panfleto educativo sobre a responsabilidade de todos no trânsito, visando a preservação da vida.

Na devolutiva  de seus estudos,  os integrantes do Grupo 2 apresentaram aos seus colegas entrevista que fizeram com o médico fisiatra Rodrigo Parente, do Crer, que mostrou aos alunos o funcionamento da instituição, o papel do voluntariado e de cada serviço de recuperação e reabilitação e a dinâmica das oficinas existentes, além de  informações sobre  as lesões mais comuns no caso de acidentes de trânsito e suas principais sequelas.Não ficaram de fora dessa exposição o papel social do Crer  e a relação dos seus profissionais com os pacientes e familiares.

 O grupo também levantou dados atuais sobre  os acidentes de trânsito e suas consequências no Brasil e no mundo, repassados para os demais em sua devolutiva. Esses dados apontam, por exemplo, que os acidentes de trânsito representam a terceira causa de morte na faixa de 30 a 44 anos de idade; a segunda causa na faixa etária de   cinco a 14 anos e a primeira causa na faixa de 15 a 29 anos. As estatísticas apontam ainda que no período de 10 anos, entre 1998 e 2008, houve um aumento de 32% no registro de morte de jovens, só em decorrência de acidentes de trânsito.

Tendo como representante o acadêmico André Bubna Hirayama, o Grupo  1foi formado por ele e por Alberto Monteiro Filho, Aline Karolyine Cândida da Silva, Amanda Borges Lamounier, André de Castro Rocha, André Luiz dos Santos, Andrey Rocha Rocca, Artur Lorenzo Sena Gomes e Alexia Larissa de Souza.  Já o Grupo 2 teve como representante a acadêmica Lívia Maria Oliveira Salviano e como demais integrantes,  Luana Milhomem Reis, Lucas Marques Pinto Cunha, Luiz Eduardo dos Reis Silva Rosa, Luis Pedro Ferreira de Assis, Leonora Silva de Figueiredo Couto, Lamise Teixeira Silva, José Roberto Buani Júnior e Kennet Andersonn Alves Souza.

Fonte: Imprensa FM/UFG