Liga de Urologia realiza seu I Simpósio e Curso Introdutório

    O I Simpósio Acadêmico de Urologia e I Curso Introdutório da Liga de Urologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG) serão realizados nesta terça e quarta-feira, dias 26 e 27 de maio de 2015. O evento será realizado no  auditório da Faculdade de Direito da UFG,  a partir das 19 horas, por acadêmicos de Medicina da UFG e terá como público alvo mais de 100 discentes dos cursos de Medicina, Farmácia, Enfermagem, Psicologia, Fisioterapia e Odontologia da própria UFG e da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), além de médicos do Hospital das Clínicas.

    O Simpósio e o Curso  são promovidos pela  Liga Acadêmica de Urologia da FM e têm como propósito, segundo os organizadores,  a introdução de acadêmicos e profissionais da área da saúde em um assunto de extrema relevância na atualidade: a Urologia. Além disso, o curso introdutório é uma das exigências para a realização da prova de ingresso na liga acadêmica, na qual o estudante terá acesso  a uma maior abordagem de temas relacionados aos agravos em Urologia, bem como à oportunidade de atuar na extensão da liga, disseminando o conhecimento à população através de campanhas informativas.

 

 

A Liga de Urologia

 

    A Liga Acadêmica de Urologia (LAU) - a mais nova liga da Faculdade de Medicina, criada há apenas dois meses, no início de abril -  tem como presidente docente o professor Nadim Chater, do Departamento de Cirurgia da FM e como presidente discente o acadêmico Leônidas Machado, do terceiro ano do Curso de Medicina. Seu objetivo principal é a compreensão básica das enfermidades que acometem o trato urinário feminino e masculino através da abordagem multidisciplinar, com ênfase na prevenção, diagnóstico e tratamento.  Visa também estudar tópicos relacionados à saúde reprodutora do homem.

    As atividades incluem aulas teóricas quinzenais, palestras, discussões de casos clínicos, produção científica, acompanhamento de cirurgias e  de atendimentos nos  ambulatórios e ações em promoção de saúde. Tais atividades, conforme os dirigentes da Liga,  permitem colocar em prática o conhecimento adquirido pelos alunos em benefício da comunidade e corroboram efetivamente para a educação médica. A análise de dados epidemiológicos ajuda a compreender a real prevalência das doenças do trato urinário de homens e mulheres e das enfermidades do sistema reprodutor masculino.

    Conforme dados da Sociedade Brasileira de Urologia, essas  doenças são de alta prevalência, sendo o câncer de próstata a neoplasia maligna sólida mais comum entre os homens, enquanto o tumor de bexiga é o quarto nos homens e o nono em mulheres. Quanto ao  câncer de rim,  estima-se uma incidência de 7-10 casos/100 mil habitantes/ano. Em relação a afecções não tumorais, a estimativa é que a litíase renal estará presente em cerca de 8% das mulheres e 15% dos homens em algum momento da vida.

    Com relação à doença renal crônica, o Brasil alberga cerca de 80.000 pacientes dialíticos. No caso das mulheres, é bem frequente o acometimento por infecções urinárias. E quanto ao sistema reprodutor masculino, queixas relacionadas à ereção estão presentes em cerca de 50% dos homens acima de 40 anos. Além disso, a ejaculação precoce atinge 25% dos brasileiros e a infertilidade masculina é causa de grandes aflições ao casal. Essas são apenas as doenças de maior relevância epidemiológica, visto ser grande a gama de comprometimentos possíveis. 

    Outro fator a se citar, segundo os especialistas, é a pequena procura dos homens  - a maioria dos pacientes da urologia - pelos serviços médicos, principalmente no que se refere à prevenção, o que  colabora para o diagnóstico tardio e o mau prognóstico. Um levantamento realizado pelo Centro de Referência em Saúde do Homem, da Secretaria de Estado da Saúde,  aponta que 60% dos 2,8 mil pacientes que são atendidos por mês na unidade apresentam algum tipo de patologia e não têm conhecimento da doença.

     Outro estudo diz que quase 50% dos brasileiros nunca foram ao urologista e, em 2014,  projeção realizada apontou  que 12 mil vão morrer da doença, em função da descoberta em estágio avançado. Diante dessa realidade, a campanha “novembro azul’’ tem crescido ano  a ano, com o objetivo de promover uma mudança de paradigmas em relação à ida do homem ao médico para a realização de exames preventivos. 

     Outro ponto importante refere-se ao restrito contato do estudante de Medicina da UFG com a Urologia ao longo de sua formação acadêmica. Projetos de atividades extra-curriculares, como uma Liga Acadêmica, voltados para tal especialidade, permitiriam a aproximação do estudante com uma área do conhecimento não contemplada pelos currículos tradicionais e com a prática médica. Em vista disso, a LAU se apresenta como um projeto de extensão vinculado à Universidade e ao Departamento de Cirurgia da FM/HC  pautado na realização de ações comunitárias preventivo-educativas em Goiânia e em cidades do interior do Estado de Goiás.

     A entidade propõe ainda a participação de acadêmicos  e de docentes ligados ao programa de Urologia do Hospital das Clinicas. A LAU surge com o objetivo de promover a saúde e o bem-estar da população, através de atividades preventivo-educativas, com o fim de  se alcançar um maior esclarecimento da sociedade acerca da importância do diagnóstico precoce das doenças e de noções fundamentais à  sua compreensão. Para os estudantes, a Liga será instrumento de inclusão em atividades de ensino, pesquisa e extensão, e oferecerá a oportunidade de atuarem em equipe multidisciplinar.

    Além disso, permitirá a aproximação do estudante com a prática médica e com a Urologia, aperfeiçoando a educação médica nessa área. Como objetivo prático, a LAU  quer oferecer aos acadêmicos atividades extracurriculares de Ensino, Pesquisa e Extensão em diversos campos do conhecimento da Urologia, contando com o apoio de especialistas em Urologia e áreas médicas afins.

 

Dessa forma, a LAU pretende:

 

1- Disseminar a importância da Urologia no âmbito da saúde da mulher e do homem;

 

2- Incentivar o interesse da comunidade acadêmica para o estudo das doenças dos    sistemas urinários de ambos os sexos e do reprodutor masculino;

 

3- Capacitar os acadêmicos tanto na área cirúrgica quanto clínica da especialidade, contribuindo com a formação de médicos com preparo técnico-científico apurado em Urologia independentemente da área de atuação profissional que decidam seguir;

 

4- Formar Grupos de Pesquisa;

 

5- Ampliar e aperfeiçoar a produção científica desenvolvida pelos acadêmicos;

 

6- Estreitar a relação universidade/comunidade no que diz respeito à promoção 

primária da saúde, através de campanhas de prevenção e conscientização contra agravos competentes à Urologia, com destaque para o câncer de próstata.

 

 

                          

 

                      25/maio/2015