Calouros e familiares têm noite especial na FM

A Semana do Calouro 2012   da Faculdade de Medicina da UFG, que começou no último dia 27 e prossegue até sexta-feira,  02 de março,  teve nesta  quarta-feira, 28,  uma noite especial, dedicada à recepção dos alunos novatos acompanhados de seus pais  e familiares, com palestra, apresentação cultural e coquetel. Sob o comando da Turma 59 da FM que hoje cursa o segundo ano,  a festa aconteceu no Teatro Asklepiós a partir das 19h30, com a presença da pró-reitora de Graduação da UFG,  Sandramara  Matias Chaves, no momento representando o reitor Edward Madureira Brasil; o diretor da FM,  Vardeli Alves de Moraes; a vice-diretora e coordenadora do curso Fátima Maria Lindoso Lima e o ex-diretor Heitor Rosa, palestrante da noite.
 

De inicio falaram, pela ordem, a Vice-Diretora, o Diretor e a Pró Reitora, todos saudando os novos alunos com boas vindas e com cumprimentos extensivos aos seus pais e familiares,  cada um falando um pouco da  história da FM, sua estrutura e seu lugar de destaque no contexto das escolas médicas do País. Todos eles  em suas falas deram  ênfase à presença do palestrante da noite, professor Heitor Rosa, unânimes em enaltecer sua importância  e empenho pessoal na história e consolidação  da FM e que até hoje, já afastado formalmente das atividades  acadêmicas, continua exercendo seu papel  como educador e amigo de todos, especialmente junto aos alunos.
 

O palestrante, que discorreu sobre o tema  Desafio para o Médico: Servir à Humanidade, iniciou sua apresentação falando  sobre a criação da Faculdade lá no início da década de 60, quando vieram para compor o corpo docente da nova escola dois professores europeus  Enzo Nesci e Raul Conde que, responsáveis pelas disciplinas básicas do curso, passaram para os goianos um pouco da cultura e da formação  européia, à época tão distante da realidade de Goiás. Naquele tempo, a escola criada para formar médicos  destinados a dar assistência ao interior do Estado  já começava a oferecer uma formação  humanitária   voltada em especial para atender as necessidades da comunidade na área de saúde.
 

A Faculdade de Medicina, que  foi criada isoladamente e depois se incorporou à Universidade Federal de Goiás,  enfrentou, disse o palestrante, muitos percalços  em seu  crescimento, “especialmente nos tempos de obscurantismo da Revolução de 64”,  mas depois aos poucos veio um período de desenvolvimento  físico e cientifico, inclusive com mudança curricular que fez com que professores e alunos se voltassem mais para a comunidade. Esse desenvolvimento foi cada vez maior e hoje a FM  se acha situada entre as 10 melhores escolas médicas do País, com seu corpo docente  formado com pelo menos 70% de doutore e mestres.
 

Ainda segundo o palestrante, a Faculdade de Medicina da UFG, “uma escola considerada tradicional embora não conservadora”,   tem como desafios para o boa prática médica   cinco aspectos nos quais está pautada: científico, tecnológico, cultural, moral e ético.  Lembrando que a tecnologia, hoje tão presente  e executando o que a ciência propõe,  não deve perder de vista, em especial na formação do médico,  a medicina coletiva ou comunitária  que vise a igualdade de condições e de bem estar para todos. Por fim,  acentuou que os acadêmicos da Medicina  tenham sempre em mente na sua formação e no desempenho da profissão o papel social do médico, para que se formem ao longo do curso verdadeiros médicos e cidadãos merecedores de todo o respeito da sociedade, trabalhando para  eliminar  o contrate  tão forte entre a tecnologia e a miséria que ainda assola grande parte do planeta.  
 

Ao final da palestra,   subiram ao palco do Teatro Asklepiós os integrantes da Banda  59, com voz, violão e percussão, que se formou  logo após  o ingresso dos calouros da FM no ano passado e que se classificou em segundo lugar  em concurso durante a Semana Cultural 2011, brindando  a plateia  com  cinco músicas do seu repertório. Ao final, serviu-se nos corredores e jardins da Faculdade um coquetel aos presentes.