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Heitor Rosa ministra aula inaugural de Semiologia

Rumo ao paciente: um começo sem fim foi o tema da Aula Inaugural de Semiologia, ministrada neste 03 de agosto aos alunos do curso, terceiro ano da Faculdade de Medicina da UFG pelo seu diretor, professor Heitor Rosa.

A aula inaugural da disciplina Semiologia foi realizada nesta terça-feira, dia 03 de agosto, para os alunos do terceiro ano da Faculdade de Medicina da UFG, ministrada pelo diretor da Escola, professor Heitor Rosa. A palestra, que aconteceu no anfiteatro da FM a partir das 8 horas, teve como tema central Rumo ao Paciente : Um começo sem fim e foi assistida pelos cerca de 100 alunos da disciplina, pelo vice-diretor da Escola, professor Vardeli Alves de Moraes, pelo coordenador de Semiologia, professor Abrão Afiúme e pelos demais professores da disciplina.

Ao iniciar a sua exposição, o palestrante mostrou aos alunos que tipo de médico a escola quer formar, utilizando para isso novas metodologias, linha filosófica e habilidades educacionais voltadas para uma formação humanística do médico, com o objetivo de qualificá-lo para ser, mais do que um generalista, um profissional “voltado para o homem e não para um rótulo”.

Nesse sentido, Heitor Rosa ressaltou que o ato de examinar o paciente deve ser o ponto alto do médico, o momento mágico quando, “mais do que ouvir, palpar e ver”, deve-se escutar, sentir e enxergar o paciente. Porém, esta é uma arte que só se adquire com exaustivo treinamento durante anos, ou seja, treinar, treinar e treinar. Para isso, conforme o professor, o médico tem 12 olhos, dez deles nas pontas dos dedos, num exercício que deve visar o virtuosismo e despertar cada vez mais a sensibilidade de ouvir e enxergar através do tato os sinais do organismo.

Essa formação, ainda segundo o palestrante, se deve alcançar também por meio de um novo conceito cultural, o chamado complemento educacional, formado no tripé Filosofia ( meditação e raciocínio), Letras (cultura) e Artes (sensibilidade). Em seguida relacionou os tipos de comportamento do acadêmico e sugeriu que cada um identificasse o seu. Esses tipos são o resistente, que em uma turma corresponde a 10%; o negativo passivo, 20%; o neutro, 40%; o de atitudes positivas passivas, 20% e, por fim, o de atitudes positivas ativas, que é o ideal e que normalmente corresponde a 10% da turma.

O professor falou ainda das Seis Atitudes de Caráter que devem acompanhar o aluno de Medicina, para ser realmente um bom médico: admitir o não sei, participação ativa nos trabalhos, seriedade, critério e auto-censura. Lembrou também aos alunos que de agora em diante, a partir do estudo da Semiologia, os acadêmicos começam uma nova fase do curso, que corresponde a uma etapa de passagem da teoria básica para a prática clínica, que significa “ caminhar rumo ao infinito da Medicina”.

Fonte: Imprensa FM/UFG