
Última palestra do Ciclo para Jornalistas ministrada hoje
Bioética e Imprensa, o último tema proposto para o Ciclo de Seminários Sobre Temas Médicos para Profissionais da Imprensa realizado pela Faculdade de Medicina da UFG, foi abordado hoje, tendo como palestrantes o professor José Reinaldo do Amaral, do Departamento de Saúde Mental da FM e responsável pela disciplina Bioética e pelo médico Salomão Rodrigues Filho, presidente do Conselho Regional de Medicina. A palestra, com as anteriores, aconteceu às 10 horas no auditório da FM e ao final houve um debate, para maiores esclarecimentos sobre o tema proposto.
Idealizado pelo diretor da FM, professor Heitor Rosa, o Ciclo de Seminários Sobre Temas Médicos teve início no dia 8 de maio último e até esta data abordou semanalmente um dos oito temas propostos, com o objetivo de facilitar aos jornalistas a compreensão e informação sobre temas médicos considerados polêmicos, ou de mais difícil assimilação. Para esse Ciclo foram inscritos mais de 50 pessoas, a maioria jornalistas profissionais dos diversos veículos de comunicação da capital, além de uma dezena de estudantes do último período do Curso de Jornalismo.
Primeiro palestrante do dia, o professor José Reinaldo iniciou explicando como entender a bioética, que tem como objetivos buscar o equilíbrio social e ajustar a conduta individual ao interesse coletivo. Ressaltando que a ética busca a sistematização das normas de conduta e a ética profissional implica em consciência, liberdade e autonomia, concluiu com a definição que bioética é a ciência da vida e do cuidado com a saúde.
Já o médico Salomão Rodrigues enfocou a questão do erro profissional médico, que pode ser definido como uma conduta profissional do médico não adequada, geralmente por imprudência, negligência ou imperícia. Segundo disse, as especialidades médicas em que estatisticamente são mais comuns as denúncias e as ações judiciais são a ginecologia e obstetrícia, urgências, anestesiologia e cirurgia plástica estética.
Quanto às causas determinantes do erro médico, apontou: ensino médico deficiente, multiplicidade de empregos ou atividades, má remuneração, deficiência do sistema de saúde, deficiente educação continuada e falta de compromisso social. E com relação às causas facilitadoras, citou: pequenos procedimentos, exigüidade de tempo e indisponibilidade, instalações inadequadas, deficiente comunicação médico-paciente, anotações lacônicas ou inexistentes, prescrições verbais e decisões açodadas.
Source: Imprensa/FM/UFG