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Ciclo de palestras para jornalistas enfoca transplante de órgãos

romovido pela Faculdade de Medicina da UFG, o Ciclo de Seminários sobre Temas Médicos para Profissionais da Imprensa abordou nesta sexta, dia 19, o tema Transplante de Órgãos, defendido pelo médico Claudemiro Quireze e a psicóloga Telma Noleto.




          “Transplantes de Órgãos: Indicações, Técnicas, Aspectos Operacionais e Éticos” foi o tema abordado nesta sexta-feira, dia 19 de junho, dentro do Ciclo de Seminários Sobre Temas Médicos para Profissionais da Informação que vem sendo realizado pela Faculdade de Medicina da UFG desde o dia 8 de maio último, com palestras e debates todas as sextas-feiras em uma das salas da FM, no período das 10 às 12 horas.
           Destinado a facilitar para os jornalistas a compreensão de temas médicos considerados complexos ou polêmicos, o Ciclo conta com mais de 50 profissionais da área inscritos e se estenderá até o dia 10 de julho próximo. Ao todo serão abordados oito temas e ao final do ciclo se realizará uma mesa redonda com a participação de representantes dos vários segmentos da mídia com todos os palestrantes, para uma avaliação geral do Ciclo.
          O tema desta semana foi abordado pelo professor Claudemiro Quireze Jr. e pela psicóloga Telma Noleto Rosa, ele do Serviço de Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo do Departamento de Cirurgia da FM/UFG e ela da Central Estadual de Transplantes. O primeiro fez uma exposição da história do transplante de órgãos no Brasil desde a década de 1960, quando surgiu, até agora, salientando que o pioneiro foi o transplante de coração em 1963, período que foi considerado experimental para o setor.
          Segundo o médico, a efetivação dos transplantes se deu nas décadas de 80 e 90 e só no limiar no novo século que se registrou o desenvolvimento de novas soluções, tanto para o tratamento como para a preservação dos órgãos. Também foi nesse período que veio a criação de entidades representativas, quando o transplante de órgãos saiu da informalidade e passou inclusive a receber remuneração do SUS. A partir daí o número de transplantes cresceu muito no Brasil, tendo à frente o transplante de córneas, seguido pelo de rins.
          Como principais avanços que se pode relacionar como causas desse crescimento o palestrante citou, entre outros, a criação da lista única de doadores, a inclusão do procedimento no SUS, a qualificação profissional e o surgimento de imuno-supressores eficazes. Como dificuldades, relacionou o número precário de doadores, a sub-notificação muito grande em todo o país, a existência de centrais estaduais ainda inoperantes e remuneração e carreira inadequadas. Tudo isso, segundo o médico, fez acontecer no período de 2004 a 2007, o chamado apagão dos transplantes.
          Na segunda parte da palestra, a psicóloga Telma Noleto falou da bioética e o transplante de órgãos, salientando que esse estudo veio trazer novos viézes além das questões legais e morais sobre o tema como, por exemplo, os aspectos emocionais. Conforme disse, esse é um aspecto que exige a participação direta da sociedade civil na discussão, assim como a doação presumida e a consentida, o doador vivo, a doação pós-morte e a confidencialidade.

Source: Imprensa/FM/UFG