Ambulatório de Disforia de Gênero da FM/HC já em funcionamento
Está em funcionamento mais um ambulatório para atendimento ao público em geral no Hospital das Clínicas do Universidade Federal de Goiás. Trata-se do Ambulatório para Atendimento da Criança e do Adolescente com Disforia de Gênero, que integra o Projeto de Transexualidade da Faculdade de Medicina, destinado especificamente a trabalhar com pessoas destas duas faixas etárias que enfrentam dificuldades nesse sentido. O objetivo desse ambulatório é diminuir a consequente angústia dos portadores desse comportamento e dos seus pais com relação ao problema.
Disforia de gênero é a dificuldade que o indivíduo tem de comportar-se de acordo com o sexo de nascimento. Segundo especialistas, esse não é um problema raro entre crianças e adolescentes, mas é importante ressaltar que entre as crianças, em cerca de 80% dos casos os sintomas desaparecem até a adolescência. Já os casos que aparecem na adolescência, é mais comum permanecerem os sintomas, ou seja, a não aceitação do corpo. Por isso a necessidade de acompanhamento médico multiprofissional para diminuir o sofrimento tanto dos adolescentes como das famílias.
Para a coordenadora do Projeto de Transexualidade da Faculdade de Medicina e do Hospital das Clínicas da UFG, Professora Mariluza Terra Silveira, quem tem disforia de gênero na fase adulta nada vai mudar. Segundo ela, na infância e adolescência, o mais comum - cerca de 90% - são casos de gênero feminino com tendência para o masculino. Já com relação aos casos de disforia registrados na fase adulta, predomina a não aceitação de gênero do masculino, com preferência para o feminino.
A Professora Mariluza Silveira acrescenta que de um modo geral a incidência de casos de disforia de gênero é de apenas um caso em cada grupo de cem mil mulheres (01/100.000). Já com relação ao sexo masculino, as estatísticas apontam que a incidência sobe para um caso registrado em cada grupo de trinta mil homens ( 01/30.000).